quarta-feira, 16 de maio de 2007

O Pensamento Crítico e os Novos Senhores do Mundo

O texto “O Pensamento Crítico e os Novos Senhores do Mundo” nos faz refletir sobre vários aspectos do mundo contemporâneo, o que mudou no último século e o que isso interfere em nossas vidas.
O autor afirma, baseado em pesquisas, que hoje a pessoa mais influente do mundo não é um chefe de Estado e sim um bem sucedido homem de negócios de comunicação, com isso podemos ter uma clara noção de que as coisas realmente mudaram e que a mídia e os meios de comunicação têm um poder de influência cada vez maior sobre nós.

Um excelente exemplo deste fato ocorreu em 30 de Outubro de 1938, quando Orson Welles gerou pânico na população americana ao narrar a dramatização de a Guerra dos Mundos, pela Rádio CBS. Naquela data, em que o rádio era o ícone da comunicação de massa, Orson Welles mostrou ao mundo como é fácil manipular informações, criar fatos, ou até mesmo iludir e persuadir a população, que vê a mídia como algo de enorme credibilidade. Milhões de pessoas ficaram apavoradas com as informações, que vinham em forma de cobertura jornalística, de que marcianos haviam invadido a Terra.

A partir deste fato podemos ter a exata noção de como é necessário o uso correto dos meios de comunicação e de como a ética é importante nestes veículos. Emissoras de rádio e televisão podem alterar o futuro de um país, ajudando a melhorar a imagem de determinado candidato à presidência, um grupo de música ruim tendo oportunidades na mídia é alçado ao sucesso instantaneamente, uma atriz de teatro ao estrear numa novela de televisão tem a sua vida completamente transformada de uma hora para outra.

Sendo assim, podemos nos questionar se realmente temos a capacidade de distinguir o falso do real. Não sabemos até que ponto temos opinião própria e o quanto somos influenciados pela mídia. Por isso devemos questionar, debater, ou até mesmo duvidar de certas coisas e manter assim nosso senso crítico sempre em estado de alerta.

O texto critíca duramente a persuasão da televisão e a violência dos games para as crianças, mas ainda temos a liberdade de opção, os pais podem e devem influenciar nas decisões do que os seus filhos assistes, dos jogos que irão comprar para eles jogarem. Os games ou programas de TV violentos possuem uma faixa etária rigorosa em vários países e, se respeitada, a criança não estará tão exposta.

O autor também nos alerta para os perigos da tecnologia que, cada vez mais, caminha na direção de controle e da vigilância das pessoas e cita a literatura, quando George Orwel, em 1948, anteveu tudo isso no Livro 1984, onde descreve uma sociedade totalitária na qual todos são permanentemente vigiados por câmeras de televisão e ao infringirem algumas regras são presos, torturados e condicionados. Foi uma citação acertadíssima já que o livro da metade do século conseguiu prever o que realmente aconteceria décadas mais tarde.

Por fim, uma coisa observada no texto é a preocupação do autor com a mídia impressa, cada vez mais influenciada pela televisão que com a força de suas imagens se torna o meio de comunicação mais “confiável” e verdadeiro para as pessoas, que com vidas cada vez mais corridas tem o noticiário de TV como a única forma de se atualizarem. Acredito que ainda temos espaço para todas as mídias e mesmo com o advento da Internet, a mídia impressa resistirá ao tempo, mas a tendência é se segmentarem cada vez mais.

E assim os novos senhores do mundo nos mostram seu poder, que se mostra cada vez maior e sem limites. A publicidade faz seu papel cada dia melhor e mais inconscientemente para nós. A televisão e a Internet aproximam e distanciam as pessoas e uma nova tecnologia, que une essas duas nos espera. Que venha a Televisão Digital!

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